A Arteris, concessionária que administra a Rodovia Fernão Dias, divulgou nesta semana o balanço referente ao primeiro semestre de 2025, que aponta aumento de mortes ligadas à falta do uso do cinto de segurança. Entre janeiro e junho, 11 pessoas perderam a vida em acidentes nesse trecho da rodovia, número 57% maior em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas sete ocorrências do tipo.
O dado contrasta com a queda geral no total de vítimas fatais na rodovia. No mesmo intervalo, as mortes passaram de 76 em 2024 para 53 neste ano, uma redução de 30%. Segundo a concessionária, o comportamento de motoristas e passageiros que deixam de utilizar o cinto segue como um dos principais fatores de risco à segurança viária.
Entre os casos registrados nos últimos dois anos, a maioria das vítimas sem cinto era composta por homens, representando 72% do total. A empresa reforça que o uso do equipamento é obrigatório tanto nos bancos da frente quanto nos de trás e que a negligência pode transformar acidentes de menor gravidade em ocorrências fatais.
Dados obtidos pela concessionária, junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostram que as autuações por não uso do cinto cresceram de forma significativa nas últimas décadas. O descumprimento da regra é considerado infração grave pelo Código de Trânsito Brasileiro, sujeito a multa e perda de pontos na carteira de habilitação.
Especialistas em medicina de tráfego alertam que o cinto reduz em até 60% o risco de morte em colisões para quem está no banco dianteiro e em 44% para passageiros no banco traseiro. Além de proteger contra a ejeção do veículo, o equipamento também diminui as chances de ferimentos graves, reforçando sua importância no cotidiano dos usuários das rodovias.
Comentários: